domingo, 27 de maio de 2012

Momentos da vida da gente




O que dissemos:

Alberto Caeiro – poema Ontem à Tarde

“Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.

Falava comigo também.

Falava da justiça e da luta para haver justiça

E dos operários que sofrem,

E do trabalho constante, e dos que têm fome,

E dos ricos, que só têm costas para isso.

E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos

E sorriu com agrado, julgando que eu sentia

O ódio que ele sentia, e a compaixão

Que ele dizia que sentia.

(Mas eu mal o estava ouvindo.

Que me importam a mim os homens

E o que sofrem ou supõem que sofrem?

Sejam como eu — não sofrerão.

Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os

outros,

Quer para fazer bem, quer para fazer mal.

A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.

Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)”
 

Mapa do Brasil
Brasil-img google-unhombresincero.com

 Eualgumas frases soltas:

Quando o câncer se transforma em política num país em que a política é um câncer.

O que será que está se passando na cabeça da oposição com a doença do Lula?

Otto Lara Resende dizia que o mineiro só é solidário no câncer. Pelo jeito, parte do povo brasileiro não é solidário nem no câncer.

Seria cômico se não fosse trágico: tem muita gente que está se deliciando com o câncer do Lula que pode ser o próximo paciente do médico dele.

Como falam bobagens, meu Deus! A grande mídia vem deixando muita gente decente com a doença da estupidez no Brasil.

Pobre país que confunde o público com o privado. Somos vigiados 24 horas por dia, somos vítimas da opinião pública e ela não tem uma índole muito boa.

Primeiro o Chávez, agora o Lula; sei não!

Ex-Presidente Lula
Ex-Presidente Lula-img-google:unhombresincero.com

 Cazuza – música O Tempo não Para:

“Mas se você achar
Que eu tô derrotado

Saiba que ainda estão rolando os dados

Porque o tempo, o tempo não para

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão

Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos

O tempo não para…”

E Mário Quintana – poema Da Observação:

“Não te irrites, por mais que te fizerem…
Estuda, a frio, o coração alheio.

Farás, assim, do mal que eles te querem,

Teu mais amável e sutil recreio…”

Mas o melhor de tudo? É a briguinha, a respeito da doença do ex-presidente, que está se formando entre o chatinho do GilbertoDimenstein, da Folha de São Paulo, e o chatinho do ReinaldoAzevedo, da Revista Veja.
O resto é parte do Brasil exercendo o seu ‘respeitadíssimo’ código de ética.

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