quinta-feira, 5 de abril de 2012

Por que a Semana Santa é uma festa móvel?




Por Editor VOPUS   

O Drama Cósmico e a Mecânica Celeste

“A Semana Santa é profundamente significativa. Recordem os SETE e os TRÊS PASSOS da Maçonaria: o Cristo deve arder, em primeiro lugar, em nosso corpo humano, mais tarde a Chama deve depositar-se no fundo da Alma e por último no fundo do Espírito. Inquestionavelmente, a Semana Santa tem raízes esotéricas muito profundas, porque o Iniciado deve trabalhar sobre as Forças Lunares e sobre as Forças de Mercúrio, e com as Forças de Vênus e do Sol, e de Marte, de Júpiter e Saturno. O Drama Cósmico se desenvolve em SETE REGIÕES e de acordo com os SETE PLANETAS do Sistema Solar”.
Samael Aun Weor
Conferência: “O Cristo Cósmico e a Semana Santa”
Semana santa- festa móvel? O Cristo Cósmico e a Semana Santa
A data fixa do NASCIMENTO de Cristo e a variável de sua MORTE têm, no esoterismo, um profundo significado.
Fazendo parte de uma mesa redonda sobre astrologia, no programa “Controversial” do canal de televisão WAPA, em “Isla del Encanto” (Porto Rico), uma pessoa do público fez uma imprecação a uma astróloga que nos acompanhava e, em geral, a todo o painel de convidados, afirmando que tudo o que ela havia dito sobre os Signos do Zodíaco, o Horóscopo, etc., eram coisas diabólicas e de feitiçaria ou de bruxaria e que tudo aquilo era condenado pela Bíblia.
Sem se alterar e com um esboçado sorriso nos lábios, a astróloga, de maneira socrática, perguntou ao jovem que fazia tão infeliz afirmação: “Você sabe por que a Semana Santa é celebrada em datas diferentes?”...
Um frio silêncio pairou sobre o estúdio, e especialmente sobre o interpelado que não atinava em responder, e tão só um balbuciante “não sei” saiu de seus lábios...
A astróloga então lhe disse: “Eu vou lhe dizer. Deve-se a um problema de Mecânica Celeste. Tem a ver com a entrada da Primavera e seu primeiro plenilúnio, e as únicas coisas diabólicas, bruxescas e fanáticas são as que realizam os que colocaram essas idéias bobas na sua cabeça, de que nós, os que nos dedicamos a estudar os movimentos dos astros e suas influências, sejamos diabos ou feiticeiros. É a Igreja a primeira a basear-se, para calcular a celebração da Semana Santa, na Mecânica Celeste, no Calendário Lunar e na entrada da Primavera”.
Bom, no final cada um deu sua opinião e, claro, ficou formada a polêmica...
Certamente, se o Natal é celebrado a cada ano no dia 25 de Dezembro, o Dia de Reis em 6 de Janeiro, o Dia de todos os Santos em 1 de Novembro, por que a Semana Santa é uma data móvel?Semana santa- festa móvel? O Cristo Cósmico e a Semana Santa
A resposta a esta pergunta já foi dada, em parte, pela astróloga do nosso relato: a Semana Santa é celebrada durante o Primeiro Plenilúnio da Primavera...
De acordo com a Mecânica Celeste isto é assim: a entrada da Primavera está definida pela data de 21 de Março (Equinócio da Primavera, dia em que a noite é igual ao período diurno), e de acordo com a mesma mecânica, ao fim do ano são contadas quase 13 lunações que não poderão repetir-se por estar o ano dividido em 12 meses. De modo que, seguindo o Calendário Lunar, observamos que a lua cheia de Março pode ocorrer pouco antes do dia 21, então a Semana Santa será em meados ou final de abril. Se caísse no princípio de Março seria o plenilúnio seguinte, isto é, no princípio de Abril ou inclusive no final mesmo de Março, como ocorreu em 1997.
Pensemos agora no por que, quando se acordou tudo isso no Concílio de Nicéia (325 d.C.), aparentemente, uma questão puramente astronômica, isto é, relacionada com a viagem estelar da terra dentro de sua órbita, converteu-se em uma questão religiosa, fixando-se o Domingo de Páscoa como o Domingo seguinte à primeira Lua Cheia da Primavera.
A este respeito, já dissemos em artigos anteriores, relacionados com este tema e o do Natal, que graças ao Cristianismo florescente em revestir os Princípios Religiosos Viventes do Paganismo decadente, justamente para que não se perdessem as festas que se celebravam desde a antiguidade, em comemoração aos acontecimentos solares e celestes ou terrestres, e ao mesmo tempo ao Drama Crístico, do Menino Sol, representado nos próprios movimentos estelares, estas continuaram sendo festejadas na Nova Religião não somente como às vezes se pensa, como simples estratégia para ganhar adeptos, mas para que através da tradição se conservasse a Sabedoria Oculta. Nem no presente nem no passado estas datas (dia de Natal, de Reis e mesmo a Semana Santa) foram escolhidas por acaso ou como fatos casuais e isolados, pelo contrário, elas são a mais profunda estruturação e relação entre o homem e o Cosmos porque vêm a constituir um acontecimento Cósmico, Solar e Humano ao mesmo tempo.
Por outro lado, embora a “era cristã” (nosso calendário) não tenha sido estabelecida até o ano 532, quando Dionísio Exíguo instituiu o nascimento de Jesus de Nazaré em 25 de Dezembro do ano 753 dos Romanos (para alguns 750), este fato não é casual. Primeiro porque Jesus, o Grande Kabir, como nos diz o V. M. Samael, não nasceu em Dezembro, mas em Março (era Pisciano) e porque, como já anotamos, as festas pagãs relacionadas com o Solstício de Inverno e o nascimento do Menino Sol eram celebradas nessas datas com grandes fogueiras nos cumes das montanhas.
Do mesmo modo, a Semana Santa coincide com as festas celebradas desde a antiguidade em honra dos Quatro Elementos (Terra, Água, Ar e Fogo) e da Fertilidade, que se realizavam no Equinócio de Primavera (21 de Março). É nesta Cruz Equinocial que a Força Solar do astro que nos ilumina deve crucificar-se para que a fruta amadureça, para que frutifique o grão. É nesta Cruz dos Elementos que a Força do Logos Solar (o Cristo Íntimo em nós) deve crucificar-se para que a semente amadureça e frutifique o Filho do Homem, e reconquiste sua antiga Estirpe Solar, celebrando assim sua Semana Santa Interior.

DOMINGO DE PÁSCOA

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